Wednesday, February 27, 2008

(in)satisfação



Não há dúvida de que o senhor era bastante...peculiar. Mas nas suas músicas tem verdades que não têm género, nem lugar, nem tempo...
...e acerta mesmo "na mouche".

Friday, February 22, 2008

História de uma cavaleira

Uma das últimas aquisições feitas para a minha biblioteca, e que muito apreciei – diga-se de passagem – foi a “História do Rei Transparente”, de Rosa Montero. A história do Rei Transparente acaba por não ser o tema central da narrativa, mas sim a de uma jovem camponesa que se veste de cavaleiro para se proteger de um mundo hostil, principalmente para uma mulher, e as peripécias por ela vividas desde então, na sua descoberta do mundo e, principalmente, de si própria. A autora consegue fazer um retrato que me parece ser bastante fiel da época medieval (com base nos meus parcos conhecimentos a respeito do assunto), de forma bastante detalhada sem se tornar enfadonha, antes pelo contrário, é como se fôssemos projectados para aquela época e estivéssemos a assistir pessoalmente ao desenrolar da história. Mistura factos históricos com elementos fantásticos, dando-nos a conhecer uma Idade Média que para muitos será desconhecida, onde se viviam conflitos e debatiam ideias que lançaram as sementes que estiveram adormecidas na escuridão que venceu na altura, agrilhoadas por longos séculos, mas mais tarde ganharam raízes e permaneceram até hoje. Trata-se de uma narrativa extremamente envolvente, estando toda ela marcada por uma crueza que chega a ser cortante nas cenas mais brutais, e cativante em momentos de profunda sensibilidade. No meio disto tudo vai aparecendo a história do Rei Transparente, que acaba por ser uma espécie de metáfora, que cabe a cada um interpretar...

Sunday, February 10, 2008

Il Guarany

O café/restaurante é só Guarany, mas como sempre que vejo este nome, lembro-me da ópera brasileira devido à semelhança do nome, acrescentei um "Il" antes do "Guarany"...acabo sempre por chamá-lo assim... :)

Enfim, deixando-me de rodeios e indo directa ao objectivo deste post, tenho a dizer que gostei muito do dito café. Moderno, a manter o ambiente dos anos 30, década em que foi fundado, com empregados atenciosos que nos atendem com simpatia (coisa cada vez mais rara nos tempos que correm), muito agradável e com uma mais valia que, para mim, foi o equivalente à cereja no topo do bolo: piano. Além de terem durante a semana várias sessões de música ao vivo dos mais variados estilos, pelo que percebi, também costumam ter um pianista, bastante talentoso por sinal, a tocar músicas conhecidas desde Queen, Beatles, U2, a Tom Jobim e Caetano Veloso, entre outros tantos mestres da música brasileira, passando por uma panóplia de música sul-americana, francesa, e o que mais se possam lembrar. É daqueles sítios em que se está mesmo bem, sem ruídos desagradáveis de pratos e talheres ou gente a gritar para se fazer ouvir, muito pelo contrário, tudo se mantinha num pequeno murmúrio, como que respeitando o som que se impunha, harmonioso, do piano. Vale a pena conhecer!

Saturday, February 02, 2008

Uma "moura" na Invicta (II)

É engraçado ver as diferenças que existem entre Norte e Sul e das quais nunca me tinha apercebido. Tão simples como...sangria e ginginha parece que é coisa que não se vê muito pelos Nortes :P. Não estão bem a ver as saudades que tenho de ambas...lol. Aquela bebida fresquinha e docinha, que às vezes parece sumo de tão fácil que é beber, é coisa que não se faz nos restaurantes e tascas da Invicta...pelo menos naqueles em que estive! Curiosamente, há bares que a servem em jarros (ao contrário do que se vê em Lisboa, em que é servida à mesa, e só mais recentemente é que a vejo servida em copos de cerveja nos bares do bairro), e isso sim é uma coisa bem feita. Só têm que aprender a fazê-la bem...

A ginginha parece que é coisa que também...viste-la...vê-la mesmo só em (surprise!!!) copos de shot! O que me levou a questionar: desde quando a ginginha é um shot? Não querendo soar mal...mas em copinho tão pequeno, mal chega para aquecer a garganta...hehe ;P

Agora coisa que é muito boa e nunca vi pelo Sul é o favaito. Ui! Que coisa saborosa. À falta da bela da ginginha, arranjei um novo amiguinho para aquecer as noites frias do Porto, o pequeno grande Favaito, honra lhe seja feita!

Que horror...depois de tão longa dissertação sobre bebidas alcoólicas, pareço alguma bêbeda...bem, só a ressalva que nada mais longe da verdade, só bebo uns golinhos socialmente, e muito esporadicamente. Mas quem me conhece sabe disso... ;)

(também...depois destas semanas todas a seco à conta da amigdalite, tenho um desconto para um deliriozinho momentâneo... ;P)